sexta-feira, 24 de setembro de 2010

NOSSA APRESENTAÇÃO


Grupo de Exercícios Teatrais
ELOS PARALELOS
Um grupo que propõe vibrar em outra frequência


O GRUPO de Exercícios Teatrais ELOS PARALELOS foi fundado a 11 de Fevereiro de 2005, e nasceu da reforma conceitual de um outro grupo formado pelos mesmos membros, o Grupo Teatral TODAS COISAS. Cada um de nós que ficou do antigo grupo entendeu a necessidade de modificações, inclusive no que diz respeito a concepção de grupo e trabalho.

            O ELOS PARALELOS visa levar ao seu público outras vias de conexão com a investigação dos valores que atualmente compõem nossa sociedade, e nossa vida peculiar. Tem o intuito de oferecer outras visões de assuntos que parecem se esgotar em tentativas de filosofias que se repetem e não satisfazem por uma questão prática. Estudar e desvendar um cotidiano maravilhoso, escondido nos escombros das selvas de pedra, das frases feitas e da mesmice do que nos é imposto a proclamar.
            Dado isso, o G.E.T. ELOS PARALELOS adotou um slogan que condiz com toda a sua intenção e disposição de trabalho: vibramos em outra freqüência. Entendemos o poder de transformação individual – e conseqüentemente coletiva – da arte e, visto isso, a nossa responsabilidade por termos nas mãos a oportunidade de divulgar possibilidades e buscar integrar entretenimento com cultura, informação e princípio. Entendemos as dificuldades que podemos enfrentar para isso, dadas as circunstâncias em que o oportunismo excessivamente materialista exterioriza-se em meio a essa “globalização”. Sabemos que falar de Amor ao próximo e ressaltar a importância de valores humanos, assim como, sugerir a reforma íntima da humanidade não é assunto que interessa comercialmente, mas o compreendemos como um dever da arte, entendendo a palavra em seu sentido mais íntimo.

            Desfilado o conceito, a nossa idéia inicial é trabalhar com textos próprios, escritos de acordo com todo um processo de observação às coisas que compõem as nossas vidas e preenchem o nosso ser. Ressaltar os grandes valores das pequenas coisas. O ser humano será o nosso principal material de trabalho; e, aqui, entendido não apenas como um número, mas uma vida, um universo inteiro a ser explorado. Vasculhar e explorar os desfiladeiros humanos para, assim, aprendermos com eles. Quando estudamos um personagem, estudamos a nós mesmos. Apesar das inúmeras variedades, observamos que nossos problemas pessoais giram em torno das mesmas questões. Procurar solucioná-los em cena não é a nossa intenção, mas sim oferecer novas vias de tentativas, figurar hipóteses e sugerir uma terceira visão. Estudar o problema humano é estudar o ser humano de dentro pra fora. Entendido, nos é mais fácil compor o nosso caminho com mais sabedoria e precaução diante das “armadilhas” da vida e do mundo.
            Fica fácil viajar numa história quando podemos enxergar a possibilidade de realidade nela. E que não busquemos essa possibilidade apenas em definições que nos são conhecidas pois, percebemos que a maioria delas não funciona, vista a aflição da humanidade. E se assim o é, dá-se porque nos limitamos ao que conhecemos e não aceitamos como realidade aquilo que foge do nosso entendimento imediato, assim como não buscamos pesquisá-la. Por mais histórias que vemos, lemos e conhecemos, o número das quais ignoramos é infinitamente maior; por isso, fica fácil entender uma proposta cênica como real, pois pode ter acontecido, estar acontecendo ou estar pra acontecer algo muito próximo em tempo ou lugar que ignoramos – e na maioria das vezes, o próprio autor ignora.

            Evidenciar todo esse princípio de grupo, de trabalho, é o desafio que nos impulsiona a buscar realizá-lo. Estamos certos de que é uma proposta diferente e ousada, mas que não caiamos na mesmice também da concepção de cena, de arte, de mundo, de vida.  Que não falemos o que queremos, mas sim o mostremos. Que não mostremos apenas que pensamos diferente, mas sobretudo, que nós do ELOS PARALELOS, vibramos em outra freqüência.